segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

fora de pé




Desiste de falar  Ninguém virá 
abrir nenhuma porta  responder
 ao vazio  Agradece 
essas poucas migalhas  Mendiga 
seja a quem for apenas mais um dia 

 Abdica de tudo   desse trono 
de barro   Estás enfim
 longe da terra  sim  cada vez mais
 fora de pé 
fora de ti   à deriva
 talvez sem salvação  A partir de hoje 
deixaste de ser tu    de dizer «eu» 

 O amor é talvez isto    «Viver num 
coração dentro de outro coração» 

O amor é assim  só te ensina
 a perder 

 O amor      desamor-próprio 








 Fernando Pinto do Amaral

1 comentário:

  1. Bom dia. Passando para me deliciar com as suas publicações. É maravilhoso o seu blogue. Gosto muito da sua poesia. Doce e maravilhosa..
    .
    Tema de hoje

    Manhã, nascer do sol, solfeja a cigarra no arvoredo
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    Deixo cumprimentos poéticos.
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