Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Dias Assim
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Eu sei
terça-feira, 26 de abril de 2011
E ainda agora
Fui colhendo a noite, palavras surdas,
o silêncio que a morte continua
sob a pele da madrugada.
Cada dia tenho menos um coração,
menos uma noite. Resta-me a memória
de abril dentro um copo de esquecimento,
o fundo da liberdade
que alguém bebeu de nós:
a canção morena da alegria,
o cravo ao rubro de fundir a paz.
Menos uma boca, uma criança
alada. Menos uma cidade onde a esperança
se cola ao rosto. Os meus passos presos
ao chão são menos o olhar que a manhã
oferece. Mas era uma vez e aconteceu
um dia, em todos os outros desse dia,
por muito tempo e ainda agora:
acordar, pôr o café na chávena
e barrar o pão com a liberdade.
Rosa Alice Branco
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Manhã de Abril
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Dias Assim
Um dia, quando começa, parece igual aos outros. A mesma luz que entra pela janela, ruídos de obras e automóveis, vozes... Mas o que nesse dia me falta é outra coisa: a tua voz, a surpresa de cada instante que me dás,uma luz diferente que não vem de fora, da mesma rua e do mesmo céu, mas de dentro de ti. Assim, o que faz a mudança do mundo e das coisas não é o mundo nem as coisas: somos nós, e a relação que nos prende um ao outro - isso que, não sendo nada para fora de nós, é tudo o que temos nesta vida.
Nuno Júdice
terça-feira, 19 de abril de 2011
Dentro de mim faz sul
sábado, 16 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Fogo Posto
terça-feira, 12 de abril de 2011
O nome do silêncio
uma pedra de fogo que possa incendiar outra pedra,
dois remos para navegar águas escuras,
...
Um rio, meu amor, dá-me por esta noite um rio
que comece no teu corpo de neve,
atravesse o tempo, a luz vertiginosa,
e se afogue nos meus olhos
...
Eu dou-te o nome do silêncio
Alice Macedo Campos
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