Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Apenas
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Domingo
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
E eu..
Gruas no cais descarregam mercadorias e eu amo-te.
Homens isolados caminham nas avenidas e eu amo-te.
Silêncios eléctricos faíscam dentro das máquinas e eu amo-te.
Destruição contra o caos, destruição contra o caos, e eu amo-te.
Reflexos de corpos desfiguram-se nas montras e eu amo-te.
Envelhecem anos no esquecimento dos armazéns e eu amo-te.
Toda a cidade se destina à noite e eu amo-te
José Luís Peixoto
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Toca-me
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Devo ser
Deve ser o último tempo
A chuva definitiva sobre o último animal nos pastos
O cadáver onde a aranha decide o círculo.
Deve ser o último degrau na escada de Jacob
E último sonho nele
Deve ser-lhe a última dor no quadril.
Deve ser o mendigo à minha porta
E a casa posta à venda.
Devo ser o chão que me recebe
E a árvore que me planta.
Em silêncio e devagar no escuro
Deve ser a véspera.Devo ser o sal
Voltado para trás.
Ou a pergunta na hora de partir.
Daniel Faria
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Mortal e navegável
sábado, 5 de fevereiro de 2011
esta noite
A tua distância é a minha morte,
o meu suplício de entreabrir portas
que dão para o vazio das grandes ausências.
...
e não sei o que te diga,...
Esta noite dás-me a medida
do desamparo pleno que em mim se acolhe.
José Jorge Letria
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Diz que sim
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Dias assim
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