![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4VCr2MIE5g8jz3WxOw-La-v58WKlwimbBzvQxiJJ8ad2dircPD6LAY4HkgUvDdCwvJlaKROCuscCIkleDhTE4LNLtPEPRsjlzFFtbbMNdKkPVVEogZ8ds_h5k_9ViT4UK0WhRxwgddYcZ/s400/tumblr_lqi1fnLuat1qbnufuo1_500_large.png)
Da paixão cansei-me (pode acolher tanta morte um corpo, esse mesmo que brilha à luz do desejo, esse mesmo que guarda a promessa da alegria). A verdade gastou-se (isto é o mais fácil de compreender: a verdade gasta-se, quando chegamos ao lugar de a encontrar, sabemos por fim que não existe). Sobrou o que sou e o que não sou também, pelo meio a linha de uma estreita solidão, e é isto que te dou (isto o que te posso dar). Só aqui, só agora, este sorriso de estar vivo, e por vezes o cansaço (que embora não pareça faz parte do sorriso).
E agora já me entendes?
E agora ainda me queres?
Jorge Roque