Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Palavras
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Queria...
prender-te, tornar a perder-te,
achar-te
assim por acaso no meu dia livre a meio
da semana
Helder Moura Pereira
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Hoje a noite pede musica
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia ...
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Á beira de àgua
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
domingo, 17 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Caricias
acariciar
com os dedos com
a língua
e só depois
muito depois
se deixam morder.
Jorge Sousa Braga
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
E não saber
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Arte de navegar
subitamente
se faz água no teu peito,
e a noite se faz barco,
e minha mão marinheiro.
Eugénio de Andrade
Guarda a manhã
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Dedicado
domingo, 10 de janeiro de 2010
Domingo
coube todo o açúcar dissolvente dos beijos
e a espuma das palavras convulsas
encalhadas entre os meus dentes e os teus.
Albano Martins
sábado, 9 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Estas palavras
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Um dia..
colado a um verso, embrulhado
numa folha, dobrado
a um canto,
para que os teus lábios
me ciciem, os teus olhos
me beijem
e eu não saiba
e eu não sinta.
Albano Martins
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Braille
da tua pele; demoro-me em cada
sílaba, no sulco macio
das vogais, num breve obstáculo
de consoantes, em que os meus dedos
penetram, até chegarem
ao fundo dos sentidos. Desfolho
as páginas que o teu desejo me abre,
ouvindo o murmúrio de um roçar
de palavras que se
juntam, como corpos, no abraço
de cada frase. E chego ao fim
para voltar ao princípio, decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele.
Nuno Júdice
domingo, 3 de janeiro de 2010
Para eu poder ficar contigo
mas näo te posso revelar o meu nome, nem precisas de o saber.
Chama-me o que quiseres, dá-me um nome para que possamos
amarmo-nos.
Aquele que tinha perdi-o no caminho até aqui.
Pertencia a outra paixäo, e já a esqueci.
Dá-me tu um nome para eu poder ficar contigo...
Al Berto
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