não te verei mais
há o mar a esvaziar
há o céu a vestir
o teu rosto atinge já as árvores
e durante quinze séculos
procurarei o teu riso
sob os objectos saqueados
não te verei mais
há a lua a recolher
há o espaço e os outros espaços
a abrigar nas minhas veias
os teus joelhos deslizam sob o rio
as tuas clavículas brilham
sobre a pele das falésias
não te verei mais
há a morte a enganar
há o planeta a morder
com os mil dentes que me deu a ausência
Alain Bosquet
Boa tarde!Um Poema muito sentido!
ResponderEliminarAmei.
Beijo e uma excelente tarde!
Adorei a profundeza dos versos :))
ResponderEliminarBjos
Votos de uma óptima Noite
Dolorosamente belo!
ResponderEliminarBeijo, ana :)