sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Coisas de mulher desabitada


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É a altura de escrever sobre a espera. A espera tem unhas de fome, bico calado, pernas para que as quer. Senta-se de frente e de lado em qualquer assento. Descai com o sono a cabeça de animal exótico enquanto os olhos se fixam sobre a ponta do meu pé e principiam um movimento de rotação em volta de mim em volta de mim ... de ti.
Nunca te conheci - assim explico o teu desaparecimento.
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Luiza Neto Jorge