todos os monstros têm o teu
nome, de mais ou menos bocas, grandes ou
pequenas milhares de patas, sangue jorrando ou
líquenes desfeitos, todos os monstros têm
o teu nome e por ofício perseguem-me, entram
por mim no soalheiro mundo dos
homens, usam a minha incúria
eu sou
uma esplendorosa borboleta de sangue. um
ser que voa no coração
e cada monstro virá dizer que me ama e
saberá convencer-me a suportar os seus
tentáculos, a apreciar até os beijos nos
orificios mucosos por onde expele a
língua e será capaz de me fazer querer o
esbracejar nocturno dos seus gestos
e eu direi o teu nome e nunca me
enganarei
valter hugo mãe