Com o tempo na pele, o amanhã não passa de um vazio. Há uma mesa posta, um cigarro aceso e em cada sílaba, histórias por acabar.
Como quem está de passagem, corro a cortina. Tudo o que se agarra a mim são sombras.
Podia ter escrito sobre a tua ausência. É tarde. E com os lábios feridos não consigo dizer coisas bonitas.
Maria Sousa