terça-feira, 11 de março de 2014

Por nada


Escrevo. E pronto.
 Escrevo porque preciso,
 preciso porque estou tonto.
 Ninguém tem nada com isso.
 Escrevo porque amanhece,
 E as estrelas lá no céu
 Lembram letras no papel,
 Quando o poema me anoitece. 
A aranha tece teias. 
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas. 
Tem que ter por quê? 





 Paulo Leminski