Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
sábado, 25 de outubro de 2014
Aperto
Aqui vivemos com uma mão na garganta. Que nada é possível sabiam-no já os que inventavam chuvas e teciam palavras com o tormento da ausência. Por isso nas suas orações havia um som de mãos enamoradas pela névoa