segunda-feira, 15 de junho de 2020

juro




Sou fiel ao ardor, 
amo esta espécie de verão
 que de longe me vem morrer às mãos, 
e juro que ao fazer da palavra 
morada do silêncio 
não há outra razão 






 Eugénio de Andrade
 (Foto de Ezgi Polat)

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