terça-feira, 30 de agosto de 2016




numa noite de audácia incomparável
 passo a tratar-te por tu, e abraço com as pontas dos dedos 
os nós das tuas mãos; no fresco calor condicionado 
de um quarto onde a luz não dá para ler, recito
 estrofes e mitos; beijo-te, não é? nada estava escrito, 
nenhuma verdade comum aos planetas, 
éramos só nós sem nenhum segredo, 
vivos e completos, serenos, mortais 







 António Franco Alexandre