Deixei os restos do nosso amor
num saco de plástico
no armário debaixo do lava-loiça,
não cabiam no caixote do lixo.
E quando levares o lixo,
presta atenção,
não é para caixote azul, verde ou amarelo,
é para o cinzento, lixo doméstico comum,
indiferenciado, o nosso amor acabado,
e o carro passa às segundas, quartas e sextas.
Raquel Serejo Martins