domingo, 21 de janeiro de 2018




Vi Roma a arder, e neros vários
 bronzeados à luz da califórnia 
guardar em naftalina nos armários 
timidamente, a lira babilónia; 
as capitais da terra, uma a uma, 
desfeitas em nuvem e negra espuma, 
atingidas de noite no seu centro; 
mas nunca vi paris contigo dentro.
 E falta-me esta imagem para ter
 inteiro o álbum que me coube em sorte
 como um cinema onde passava «a morte»; 
solene imperador, abrindo o manto
 onde ocultei a cólera e o pranto, 
falta-me ver paris contigo dentro. 






 António Franco Alexandre

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