Uma mulher a cantar
de cabelo despenteado.
(Era o tempo das gaivotas
mas o mar tinha secado.)
Pelos seus braços caíam
frutos maduros de Outono,
pelas pernas escorriam
águas mornas de abandono.
(Uma criança juntava
o cabelo destrançado.)
Gaivotas não as havia
e o mar tinha secado.
Eugenio de Andrade
Obrigada por este poema tão tocante como quase todos os de Eugénio de Andrade.
ResponderEliminarUm beijo
ah, esse eugénio...
ResponderEliminartumtumtum...
leio e meu coração dispara, troco de pele... fico todo-emoção...
Por tudo isso ele é o meu poeta...
ResponderEliminarBjs Lidia e Roberto