sexta-feira, 27 de julho de 2012

As sílabas do silêncio


Ouço correr a noite pelos sulcos
do rosto – dir-se-ia que me chama,
que subitamente me acaricia,
a mim, que nem sequer sei ainda
como juntar as sílabas do silêncio
e sobre elas adormecer.


Eugénio de Andrade