sábado, 26 de abril de 2014

Por desejo



despem-se diante dos olhos dois corpos de luz 
mas a inclinação da luz é rasa 
é a fricção dos corpos que ilumina a biblioteca 
dos livros perde-se a cor da antiguidade
 dos sorrisos inverte-se a obliquidade das palavras
 e em silêncio inveja-se a luz produzida
 as página e os corpos tocam-se de perto
 por desejo, imagino eu que leio só. 




 André Tomé