quinta-feira, 21 de maio de 2015




há uma altura, creio
 um dia em que se acorda 
e se percebe tudo:
 a traição do acaso
 que dispersa a folhagem do jardim, 
a solidão inacessível dos desertos, 
a ferocidade da natureza 
em certas estações,
 essa espécie de errância 
que pertence ao silêncio
 mais que a qualquer palavra 





 José Tolentino Mendonça