Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
terça-feira, 14 de março de 2017
Há dias assim. Dias em que não acontece nada porque estamos surdos.
Dias em que não acontece nada porque estamos cegos. Dias em que nada saboreamos.
Nesses dias, não acontece nada porque não o merecemos.