procurar o lugar que se esquiva, habituar-me à contínua fuga do mundo,
permitir em mim o sítio onde a palavra se apagou, repousar nele como quem encontra a serenidade na desolação,
perder, perder cada vez mais até ao indizível,
não falar, não escrever, para enfim recomeçar:
a estrada é a espera de um nome.
Rui Nunes
(Foto de Laura Makabresku)