sábado, 5 de março de 2016




A minha boca enchia-se de areia, pedras e peixes pequenos entravam-me pelas narinas e pelos olhos turvos de sal, 
o impulso da água levava-me pela teia do mar, tropeçando num coral de gesso. 
Talvez os peixes sejam sinais de uma luz que armou o pano em vela de cruz aberta ao mar, 
onde ninguém sabe qual é o meio, se a guerra se a espuma. 






 António Ferra