Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus
segunda-feira, 7 de março de 2016
Por debaixo da luz condicionada dos calmantes
adormeceram versos que não posso acordar.
O quarto cerrado sobre o bosque,
musgo indecifrável,
a tundra do escuro
E chove.
Joaquim Manuel Magalhães
(Foto de Katia Chausheva)