Compor o corpo, os objectos em sua função, sejam eles
A boca, os olhos , ou os lábios. Treinar-se a respirar
Florescentemente. Sorrir pelo ângulo da malícia.
Aspergir de solução libidinal os corredores e a porta,
Velar as janelas com um suspiro próprio. Conceder
Às cortinas o dom de sombrear. Pegar então num
Objecto contundente e amaciá-lo com a cor. Rasgar
Num livro uma página estrategicamente aberta.
Entregar-se a espaços vacilantes. Ficar na dureza
Firme. Conter. Arrancar ao meu sexo de ler a palavra
Que te quer. Soprá-la para dentro de ti... até que a dor alegre recomece.
Maria Gabriela Llansol
reconheço. esta invenção da espera.e vale, claro.
ResponderEliminarAlgumas esperas, Via...algumas
ResponderEliminarBj
adoro as coisas de Maria Gabriela Llansol, uma das maiores poetas da língua portuguesa.
ResponderEliminarprofunda! densa!
Maria Gabriela Llansol me emociona.
Já tinhamos saudades ,Roberto
ResponderEliminarBj