segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Aguardo-te


se te cansares de mim, não me peças que chore.
deixa-me secar lentamente como
pelo tempo, mais me custará, porque mais
lento verterei a alma para a morte.
no entanto dá-me esperança de que não partirás,
aguardo-te muito quieto, muito quieto
para não atrapalhar os teus planos como quem
não quer assustar a caça. mas sou a presa,
eu sei que sou a presa. e tu podes vir reclamar-me
o couro com toda a violência, já não me importo









Valter Hugo Mãe