quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ultimo brinde

Bebo ao lar em pedaços,

À minha vida feroz,

À solidão dos abraços

E a ti, num brinde, ergo a voz...

Ao lábio que me traiu,

Aos mortos que nada vêem,

Ao mundo, estúpido e vil,

A Deus, por não salvar ninguém.

Ana Akhmátova

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