quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Diálogos íntimos




Telefonara-lhe. Sou eu. Ela reconhecera-o logo pela voz.
Ele dissera: queria só ouvir a sua voz. Ela dissera: sou eu,
bom dia. Ele... tinha medo como dantes. A sua voz tremia de
repente... Dissera-lhe que era como dantes, que ainda a amava,
que nunca poderia deixar de a amar, que a amaria até à morte.

Marguerite Duras

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