O desejo, o aéreo e luminoso
e magoado desejo latia ainda;
não sei bem em que lugar
do corpo em declínio mas latia;
bastava abrir os olhos para ouvir
o nasalado ardor da sua voz:
era a manhã trepando às dunas,
era o céu de cal onde o sul começa,
era por fim o mar à porta – o mar,
o mar, pois só o mar cantava assim.
Eugénio de Andrade.
Um lindo poema de Eugénio de Andrade. Gostei muito de ler.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas.
.
Poema: “”Pedaços que dividem o coração ””…
.
Excelente poema!!
ResponderEliminar.
Gostaria de pintar o meu imaginário.
.
Beijos. Uma excelente semana.