quarta-feira, 4 de março de 2015




Não espero nada. Mas do nada quero tudo. A absoluta negação. A sala do fundo, não o pórtico. 
 Um negrume tão escuro que o imagino estalando em centelhas de uma luz desconhecida. 
 Sangrando luz. Tormento sem desespero. Aliviado. Etéreo e eterno.
 Dôr no fundo dos olhos bem abertos. 





 Miguel Martins