terça-feira, 4 de agosto de 2015




A lenta máquina do desamor, 
os mecanismos do refluxo, 
os corpos que deixam as almofadas, 
os lençóis, os beijos, 
e de pé frente ao espelho interrogando-se 
cada um a si mesmo, 
já não olhando-se entre eles,
já não despidos um para o outro, 
já não te amo, 
meu amor.






 Júlio Cortázar
(Foto de Sonia Silva)