segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Wong Kar-Wai




 Como se perguntasse o teu
 nome, e um eco de mim
 respondesse 
que não existes 

 e me apetecesse morrer 
mesmo assim à tua porta. 

 Como se no banco de trás de um táxi 
não seguisses comigo para a morte, 
nem tivesses no meu colo pousada 
a tua cabeça, 
no teu rosto branco o batom aceso, 
e o azul dos olhos como um espelho
 debruçado sobre a noite 
ou luz de navio perguntando por terra 
mas passando ao largo. 







 Rui Lage