Procuro-te nos mapas,
tacteando as fronteiras lentamente,
à sorte por estações e montanhas,
decifrando o azul do mar e dos rios,
lentamente perseguindo
um nome que te diga e me alimente,
um resquício de luz feita palavra,
cidade, aldeia, acidente, talvez terra.
Virando do avesso a geografia,
procuro-te, entre os desenhos
e sinais pintados, lentamente,
sem trégua, sem remédio,
lentamente nos atlas,
sem fé, sem esperança.
Josefa Parra
(Foto de Anna O)
gosto muito
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