sexta-feira, 14 de maio de 2010

De silêncio

Nunca percebi muito de vozes
mas se te ouço
mesmo quando é difícil entender
cada palavra
faço do corpo um espaço de silêncio
Maria Sousa

6 comentários:

  1. belíssimo texto (desconheço a autora...)! e está postado no blogue certo, pois quando cá entro consigo sentir o silêncio...
    um beijinho!

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  2. aqui, sempre um banquete de belas palavras.

    entro faminto e saio saciado.

    abração do
    r.

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  3. Sabes leitor, que estamos na mesma página
    E aproveito o facto de teres chegado agora
    Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
    A magnólia cresce na terra que pisas - podes pensar
    Que digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita.
    Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
    Que a magnólia - e essa é a verdade - cresce sempre
    Apesar de nós.
    Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
    Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
    A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
    Mesmo que a recuses
    Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
    A colherei.

    A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
    E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão.

    Daniel Faria, em Dos líquidos

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  4. Obrigada Jorge porque é mesmo isso que eu gostava que isto fosse...um lugar de partilhar silêncios e palavras que amo....
    Beijo

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  5. Poema lindissimo , Roberto...meu amigo de tanto poema partilhado...
    Beijo

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  6. Magnólia,
    é bom ler o que escolhes, dos outros, para nos oferecer...sinto-o como um presente sempre bem vindo e fascinante.
    beijo no <3

    nota: não podes adiantar nada sobre esta autora? :S

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