quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Do vazio


O passado trazemo-lo na pele e não nos bolsos do casaco por isso entende
não adianta pendurá-lo deixá-lo para trás.
perdes tempo quando foges.
perdes os passos que me cabiam nos braços para alcançares nada.
pelo meio desarrumaste-me os dedos e tudo o que escrevo sai-me trocado.
ainda há pouco desenhei uma saudade onde se escreve uma cadeira vazia.
Pedro Jordão

1 comentário:

  1. Belíssimo, apenas!!!

    As imagens sugeridas a tocarem a alma e a trazerem a sensibilidade poética no gume da navalha.

    L.B.

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