quinta-feira, 28 de abril de 2016




Regresso devagar ao teu 
 sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que 
 não é nada comigo. Distraído percorro 
 o caminho familiar da saudade, 
 pequeninas coisas me prendem, 
 uma tarde num café, um livro. Devagar
 te amo e às vezes depressa,
 meu amor, e às vezes faço coisas que não devo, 
 regresso devagar a tua casa, 
 compro um livro, entro no
 amor como em casa. 






 Manuel António Pina