segunda-feira, 4 de abril de 2016




Tu chegas e a minha pele chama-te 
 sete nomes em surdina. É a luz da tarde que faz o fulgor 
 dos fenos e aquece a roupa que abandonou o corpo 
sem perguntas. As mãos podem então dar-se
 todos os recados. E amanhã ninguém sabe. Fica 
 apenas um punhado de espigas quebradas sobre a planície 
 lenta; amarela, digo: as papoilas, entretanto, voaram. 






 Maria do Rosário Pedreira
 (Foto de Anna O)