Jamais tive eu amor senão por ti
Paixões o vento as trouxe e as levou
Qual ave migratória que pousou
Em temporário ninho onde vivi.
Amor, porém, é ave que povoa
O coração da gente e nele exulta
E ocupa de outra ave mais estulta
O coração partido e o perdoa.
Mas que fazer, se amor o dei ao vento
E sinto o coração ninho vazio
E sinto um grão calor e grande frio.
E amo em oração no meu convento?
Eu amo quem amei e me deixou;
Não amo quem pousou – só quem voou.
Daniel Jonas
(Foto de Monia Merlo)
Um belo poema e uma não menos bela imagem
ResponderEliminarem que o primeiro fala do tema mais caro
ao espírito humano: o dom de amar de que
todo o ser sensível precisa.
Parabéns pelo seu blogue.
Um poema tão belo!!:))
ResponderEliminar-
O silêncio que deslumbra pensamentos
-
Beijos Bom Domingo.