Como pode
a mais frágil borboleta
transportar em si
montanhas
cidades rios oceanos
a bandeira caída no azeite
o poente cigano que pede boleia
a nuvem em tamanho natural
a metafísica do sangue
o véu em chamas
a casa feita de água
o vento batendo portas e janelas
ao longo deste corredor feito de palavras
e como se isso fosse pouco
eu
e a tua ausência
Artur do Cruzeiro Seixas
(Foto de Cristina Coral)
Poema maravilhoso! Obrigada:)
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Somos filhos dum mundo louco
.
Beijo, e uma excelente semana.