A poesia serve para tudo: substitui a anestesia
no dentista e não tem efeitos secundários.
Em doses muito concentradas (p. ex. Keats + Vallejo)
pode provocar calafrios na espinal medula,
estremecimentos, palidez
e uma sensação de caminhar no vazio.
Nesses casos recomenda-se que se deixe uma flor seca entre as folhas
assinalando o culpado até que outra alma piedosa
daqui a cem anos
arrisque a pele na aventura.
David Turkéltaub
(Foto de Andrei Tarkovsky)
Gostei bastante do poema :))
ResponderEliminar.
Nesta época, de amargo, e doce sentimento
.
Beijo. Abraço, e continuação de Boas Festas, com muita saúde.
Obrigada
EliminarQue poema maravilhoso! Na verdade, a combinação imagem + palavras ficou perfeita.
ResponderEliminarPara os que deixam flores secas no meio dos livros de poesia
EliminarBj flor
ResponderEliminardúbia
(para a Ana P)
quase sempre,
a poesia, pra mim,
é passarinho,
arco-íris
e girassol.
de vez em quando,
a poesia, em mim,
é punhalada nas costas,
dor no peito,
fratura exposta.
a poesia é assim,
mentindo os seus
para sempres,
disfarçando
os nunca mais.
impiedosa,
moça
de tantas fukushimas
e poucas shangri-lás
Tu e as palavras bonitas
ResponderEliminarObrigada Roberto
Bj