da flor
Para sobreviver à noite decidimos perder a memória.
Cobríamo-nos com musgo
seco e amanhecíamos num casulo de frio, perdidos no tempo.
Mas, antes que a
memória fosse apenas uma ligeira sensação de dor,
registámos inquietantes vozes,
caminhámos invisíveis na repetição enigmática
das máscaras, dos rostos, dos
gestos desfazendo-se em cinza.
Escutámos o que há de inaudível em nossos corpos.
Era quase manhã no fim deste cansaço.
Al Berto
(Foto de Natalia Drepina)
Minha querida Ana, às vezes penso que habitas na minha cabeça.
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